Dois jornalistas suecos foram hoje condenados a 11 anos de prisão, na Etiópia. A acusação afirma que os dois entraram ilegalmente no país com um grupo rebelde da Somália, tendo compactuado com as actividades terroristas dos rebeldes étnicos. O caso tem sido vivamente criticado por diversas organizações de direitos humanos.
Johan Persson e Martin Schibbye foram capturados há seis meses pelas tropas da Etiópia, no decorrer de um conflito entre rebeldes numa região dominada pelos somalis, ditos terroristas. O governo da Etiópia afirma ser impossível um jornalista ter acesso àquela área, a não ser que esteja associado aos revoltosos.
O presidente do sindicato sueco dos jornalistas, Jonas Nordling, já manifestou o seu desagrado perante a decisão, alegando que não há provas que sustentem as acusações de terrorismo de que Persson e Schibbye são alvo.
Ao longo dos últimos seis meses a comunidade internacional tem acompanhado de perto o julgamento dos suecos. Diversos grupos pelos direitos humanos têm defendido que a proclamação anti-terrorismo da Etiópia restringe a liberdade de expressão e é usada apenas como ferramenta para reprimir a dissidência do regime.
AP/SOL
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